quinta-feira, 24 de março de 2011

que futuro?

O grande busílis da situação política neste país resulta de uma mistura entre a inércia dos ministérios, a impotência dos atuais ministros, falta de pulso, e a ignorância e pouca visibilidade do povo português. Neste momento o que é verdadeiramente importante, é a união, a nível político-social. A oposição deveria estar mais preocupada em anunciar soluções do que denunciar culpados.
Outros Estados europeus passaram e alguns ainda estão a passar pela mesma situação, entre eles a Grécia, e Irlanda, ou mesmo a Alemanha num passado recente. É a crise dentro da crise. A nossa, e a crise acentuada no que diz respeito à identidade europeia.
Quero com isto dizer que foi um erro tremendo a não renegociação do PEC por parte do PSD, uma vez que forçou a demissão do Governo. Não faz sentido simplesmente retaliar contra o sistema político quando não se fomenta novas soluções.
É importante que o FMI não intervenha, e para isso, é fulcral cooperar, reduzir, poupar. A meu ver era precisamente o que ex-primeiro-ministro pretendia. A grande revolta por parte do povo surge justamente pela imagem 'cansada' que o Governo transmitia, pecou pelo aval acerca das novas construções do aeroporto e TGV, entre outros casos mediáticos que apenas serviram para manchar não só a imagem de José Sócrates como outros ministros anteriores.
Apelo à união e consciência dos portugueses, não é necessário ir para rua, apenas é preciso consciência e ter noção daquilo que se passa envolta, a política não é futebol.
Termino com um desabafo do grande lusitano Fernando Pessoa que assenta que nem uma luva:

Ninguém conhece que alma tem,
nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ância distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
......Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...»

Fernando Pessoa

2 comentários:

J. disse...

não concordo. a entrada do FMI é praticamente inevitável, e muito mais seria se continuasse-mos com uma política de esquerda.

Nev disse...

O problema é que ninguém conhece as consequências, irá ser muito mais austero do que este plano, o FMI irá assumir as responsabilidades tentando baixar aqueles são os principais 'sintomas' défice público e excesso de dívida, e aí é que eu quero chegar..a alteração do governo quer à esquerda ou direita não é suficiente..se o FMI intervir vai ser o caos.